Fubá caminhava pesado, como sempre, mas com passos mais cuidadosos. Ao seu lado, enrolada em si mesma e observando o mundo com olhos atentos, vinha Celeste. A dupla improvável seguia por uma trilha de folhas largas, até que um cheiro doce e um som de risos chamaram sua atenção.
— “Você ouviu isso?”, perguntou Fubá, parando de súbito.
— “Acho... acho que sim. E também senti o cheiro de fruta madura”, respondeu Celeste, com a voz baixa e trêmula.
Empurrando uma samambaia alta com os chifres, Fubá abriu passagem e, de repente, a trilha se desfez num grande descampado à beira do mar. Lá estava a Ilha Articulóides, vibrante e viva, com criaturas das mais variadas formas e cores.
A primeira a avistar a dupla foi Judite, a Foca, que soltou um assobio animado. Logo vieram Paul, o Polvo Inventor, e Cida, a Tartaruga, seguidos de toda a turminha curiosa.
— “Olha só esse triceratopes! Que armadura legal!” — gritou Norberto, o Gecko, pulando de uma pedra.
Fubá tentou se esconder atrás de uma palmeira — que logo caiu com seu peso. Todos riram, mas não zombaram. Pelo contrário, se aproximaram com simpatia.
Já Celeste, tímida, enrolou-se num canto da mochila de Fubá. Mas Capitu, a Capivara, se sentou ao lado dela com calma.
— “A gente também chegou aqui meio sem saber como… mas foi o melhor lugar que encontramos.”
Com o tempo, Celeste foi relaxando, percebendo que ninguém ali queria assustá-la. E Fubá, mesmo tropeçando numa casinha de madeira no segundo dia, foi perdoado com um abraço coletivo e um cartaz escrito: “Zona de Fubá: Cuidado com as Patas!”
Assim, os dois se tornaram parte da comunidade — cada um com seu jeito.
Fubá, com seu coração enorme e força desajeitada.
Celeste, com sua coragem tímida e olhos atentos.
Na Ilha Articulóides, encontraram não apenas abrigo — encontraram um lar.
Articulóides é um brinquedo desenvolvido e fabricado pela empresa TaForaDoAr em Curitiba - PR.