Pedro nasceu nas margens tranquilas de um rio na Tasmânia, cercado por eucaliptos altos e trilhas de terra vermelha. Desde pequeno, era fascinado por formas, estruturas e movimentos. Com gravetos, folhas e pedras, construía pontes para formigas, rampas para tartarugas e até pequenas casas flutuantes para os peixes. Seu talento natural era dar forma ao que imaginava — e ele imaginava muito.

Mas Pedro sempre sentiu que o mundo era maior do que aquele rio. Numa manhã de neblina leve, ele seguiu uma correnteza que parecia... diferente. Mágica. Durante dias, deixou-se levar por túneis subterrâneos, cachoeiras escondidas e águas cintilantes, até emergir nas areias da Ilha Articulóide.

Nix, a Golfinho, foi a primeira a vê-lo chegar, e com a ajuda de Paul, o Polvo, o puxaram com cuidado até a praia. Capitu o recebeu com um pano seco, e Norberto não perdeu tempo: queria saber tudo sobre sua jornada.

Logo Pedro estava recolhendo galhos, pedras lisas e cipós. Construiu um abrigo em forma de espiral, um balanço com madeira flutuante e uma ponte entre duas árvores — só porque achou que seria divertido. Todos ficaram encantados com suas criações simples e úteis. Foi Cathy quem o apelidou carinhosamente de “Pedro, o Construtor” — e o nome pegou.

Hoje, Pedro é quem organiza as construções na Ilha: desde novos bancos para as reuniões até engenhocas que ajudam a colher frutas das árvores mais altas. Seu jeito calmo e suas ideias engenhosas fizeram dele uma peça essencial entre os Articulóides. Coleção 02