Costelinha não era um porco qualquer. Desde pequeno, ele tinha um sonho maluco: voar! Enquanto os outros porcos da fazenda rolavam na lama e comiam tranquilamente, ele construía asas de palha, tentava pular de montes de feno e até usava folhas como se fossem hélices. Mas, por mais que tentasse, sempre acabava de barriga no chão.

Certo dia, enquanto explorava o celeiro em busca de inspiração para seu próximo experimento, um forte vendaval soprou a porta aberta. Costelinha foi pego de surpresa e, antes que pudesse se segurar, foi levado pelos ares! Rodopiou como um peão, subiu, desceu, girou… até que, de repente, caiu com um ploft macio na areia.

— Onde estou? — perguntou, olhando ao redor.

Ele havia chegado à Ilha Articulóide!

Logo, encontrou dois animais curiosos: Norberto, o gecko falante, e Cida, a tartaruga tranquila.

— Ei, de onde você veio? — perguntou Norberto, analisando suas orelhas ainda cheias de palha.

— Não sei! Mas acho que… VOEI! — respondeu Costelinha, empolgado.

Os outros riram.

— Voar? Você é um porco! — disse Cida, arqueando as sobrancelhas.

Mas Costelinha não desistia fácil. Ele começou a treinar saltos, pulos e até usou folhas largas para planar. Com o tempo, percebeu que, embora não pudesse voar de verdade, suas articulações eram incrivelmente flexíveis! Ele conseguia saltar, girar e se impulsionar de jeitos impressionantes.

E assim, Costelinha se tornou o maior acrobata da Ilha Articulóide.

— Quem disse que porcos não podem voar? — brincava ele, rodopiando no ar.

Coleção 01